terça-feira, 18 de setembro de 2012

E Hoje?


Depois de períodos turbulentos e erros com a medicação por pura inexperiência minha aprendi lições importantes sobre a medicação psiquiátrica:

:: não existe medicamento psiquiátrico genérico, similar, de mesmo laboratório, a GRANDE verdade que o medicamento certo é prescrito com nome e sobrenome pelo médico, ou seja, o que for colocado na receita é o que vale (aprendi isso tomando medicação genérica e tendo efeitos bem desagradáveis por não ser o mesmo medicamento continuo);
:: a dosagem ajustada em terapia é a válida sempre, pensar que podemos reduzir ou quem sabe deixar de tomar um dia, só com o consentimento do médico (isto trouxe no meu caso o famoso "rebote" que me fez regredir no tratamento e procurar com urgência a terapia);
:: férias do tratamento é um período estipulado entre terapeuta e paciente, onde a medicação não pode parar, somente as visitas ao médico.

Com isso, me encontro ainda lutando pra me acertar interno e externamente, do inicio do tratamento até hoje a medicação foi sendo alterada, um processo de auto conhecimento sobre qual medicação atua melhor para minha pessoa. Descobri ainda que há remédios neutros (um grande acerto pois me livrou da culpa de um apetite voraz que estava me engordando e baixando mais ainda minha auto estima que nunca foi a melhor).

Hoje meu tratamento está baseado sobre 3 pilares: Reconter 20 mg (antidepressivo neutro que não me induz ao apetite voraz da Paroxetina, para mim o medicamento esta atuando muito satisfatório); a famosa Ritalina 10mg (meu alento do TDAH e me ajustei a tomar de 4 em 4 horas o que reduziu satisfatoriamente o custo da medicação) e Olcadil 2mg (para momentos de maior ansiedade, ele funciona muito bem para mim, tento não usá-lo como saída sempre, mas em outro post comento sobre um estado de ansiedade generalizada que o TDAH me faz sentir).

Ainda não considero que estou 100% mas isso é impossível, também não acho que estou em boa fase mesmo com a medicação, mas todo processo é lento, com o Blog estou lendo muito de outros blogueiros e descobri uma maneira fantástica de entender o que é CONVIVER COM TDAH.

Um comentário:

  1. Gostei muito do post! Realmente medicação e tratamento não são pílulas mágicas, mas ajudam um bocado e dão esperança. Esperança inclusive de ser mais fácil "conviver" conosco!
    Um grande abraço!

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Quem sou eu

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Santa Maria, RS, Brazil
Graduado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de Cruz Alta (2003). Atualmente é mestrando da Universidade Federal de Santa Maria, na área de construção civil e conforto ambiental, profissional liberal já atuou junto a Administração Pública Municipal e membro diretivo da Sociedade de Engenharia e Arquitetura de Santa Maria - SEASM. Em outro Blog que gerencio administro uma discussão pessoal sobre outro aspecto de minha vida que a fez mudar de concepção e procurar ajuda e amizades no sentido de divulgar a importância de pessoas que como eu são diagnosticadas com TDAH (Deficit de Atenção).